Se você já ouviu a frase "O melhor marketing não parece marketing" de Seth Godin e ficou se perguntando o que isso significa, você não está sozinho. Vamos explorar esse conceito e entender como ele pode transformar a maneira como vemos e aplicamos o marketing.

O Que Significa "O Melhor Marketing Não Parece Marketing"?

Imagine que você está assistindo a um vídeo no YouTube e, em vez de ser interrompido por um anúncio irritante, o criador do conteúdo começa a preparar um lanche rápido com pão, manteiga, presunto e queijo.

Enquanto ele monta o sanduíche, ele vai narrando o processo, falando somente dos ingredientes, sem falar de nenhuma marca. Um passo a passo de como ele se sente fazendo sanduíches, afinal, é um lanche rápido, fácil, não precisa de panelas, não suja praticamente nenhuma louça. 

A ideia é que o marketing mais eficaz é aquele que se integra de maneira tão natural à experiência do consumidor que ele nem percebe que está sendo "marketado". Esse tipo de marketing é sobre pessoas, sobre realidades, é mais sobre criar valor e conexões autênticas do que vender de maneira agressiva.

E aí? Conseguiu entender?

O marketing que não parece marketing, vende porque não força nada, ele conversa com o consumidor. Mostra realidades possíveis, aproxima as pessoas. E pensando em como você pode usar este método para se aproximar dos seus clientes, preparamos quatro estratégias para aplicar esse conceito.


1. Marketing de Conteúdo

Em vez de promover diretamente seus produtos, você pode criar e compartilhar conteúdo útil e relevante que atrai e engaje seu público. Esse conteúdo pode vir na forma de blogs, vídeos, infográficos, podcasts e muito mais. A chave é que o conteúdo deve ser valioso para o público e não apenas um veículo para propaganda.

Por exemplo: Uma loja de equipamentos de jardinagem pode criar um blog com dicas de jardinagem, guias passo a passo, vídeos sobre como cuidar de plantas específicas e histórias de sucesso de seus clientes. Por exemplo, uma sequência de anúncios, vídeos ou um texto de blog intitulado "10 Dicas Essenciais para Cultivar um Jardim de Ervas em Sua Casa ou Apartamento". Durante o projeto, eles podem ensinar dicas básicas sobre a quantia de água que cada planta necessita, o tipo de adubo indicado para usar, a quantidade de horas que as ervas podem ficar expostas ao sol, as vantagens de ter ervas plantadas em casa. Tudo isso não só atrai entusiastas da jardinagem, como fideliza seus clientes. Além disso, posiciona a loja como uma autoridade no assunto.

2. Storytelling – Que traduzido para o português significa narrativa.

Contar histórias é uma maneira poderosa de se conectar emocionalmente com seu público. Em vez de apenas falar somente sobre as características de seu produto, você compartilha histórias de como ele ajudou outras pessoas, divulga vídeos ou fotos de você e dos seus clientes usando o produto no dia a dia. As histórias criam uma conexão emocional que ressoa mais do que uma simples lista de benefícios. 

Exemplo Prático: Uma loja de sapatos pode criar uma série de vídeos ou posts em redes sociais contando a história de clientes que usaram os sapatos em ocasiões especiais. Formaturas, casamentos, festas, jantares, baladas, são excelentes espaços para você divulgar seus sapatos de salto alto. Treinos de academia, esportes em geral, trilhas, são o local perfeito para você falar sobre tênis. Ao invés de dizer "Nossos sapatos são confortáveis e duráveis", a marca pode dar dicas de como manter seu tênis sempre branco, passadas diferentes de cadarços, o salto adequado para eventos sociais, quais outros modelos podem substituí-los em situações em que você não pode usar saltos. Muito além de dicas de moda, a loja pode dar dicas que podem ajudar os seus clientes a terem as melhores experiências com os seus produtos. Lembre-se de que fidelizar um cliente é tão importante quanto prospectar novos.
 

3. Marketing de Influenciadores

Colaborar com influenciadores é uma forma de alcançar novos públicos de maneira autêntica. Influenciadores são pessoas que têm uma grande base de seguidores que confiam em suas recomendações. Quando um influenciador genuinamente gosta e usa seu produto, a promoção dele soa mais como uma recomendação de um amigo do que uma propaganda. Você pode entrar em contato com o influenciador e encaminhar o seu produto para que ele conheça, teste, prove e deixe para você um feedback antes de você fechar uma parceria. Procure por pessoas que representem a sua marca e que você sinta que tem interesse em falar sobre os seus produtos. A inverdade nesses casos é facilmente percebida e pode ter um efeito completamente contrário se o público perceber que aquilo aconteceu de maneira forçada ou que não reflete a verdade sobre a qualidade dos produtos.

Exemplo Prático:

Uma marca de cosméticos pode enviar seus produtos para influenciadores de beleza que fazem resenhas honestas em seus canais. Um influenciador no Instagram pode postar um vídeo de sua rotina de cuidados com a pele, mencionando naturalmente os produtos da marca e explicando por que os usa, quais as vantagens ele notou e recomendando o uso dos produtos. Sobre como eles são divulgados, tenha bastante atenção. Muitas vezes, produções super elaboradas geram conteúdos forçados, por isso prefira anúncios mais simples, que possam estar de fato incluídos na rotina das pessoas. Dicas de maquiagens rápidas e simples para o dia a dia, algum truque que ela tenha visto na internet e queira testar com os seguidores para ver se realmente funciona, usando os produtos. Realidades criam uma conexão genuína com os seguidores, que confiam na opinião do influenciador, por isso escolher alguém que se identifica com seus produtos e sua marca é tão importante.

4. Experiência do Usuário (UX)

Focar na experiência do usuário significa garantir que cada interação que o cliente tem com seu produto ou serviço seja positiva. Isso pode incluir desde a facilidade de navegação em seu site até o atendimento ao cliente excepcional. Quando os clientes têm uma boa experiência, eles naturalmente falam bem do seu produto e voltam para mais, sem que você precise forçar a venda.

Exemplo Prático: Um e-commerce pode investir em um design de site intuitivo, rápido e responsivo, garantindo que os clientes encontrem facilmente o que procuram. Suas páginas em redes sociais devem estar sempre atualizadas em relação a contatos e endereços, facilitando o encontro entre você e o seu cliente. Além disso, oferecer um atendimento ao cliente ágil e eficiente, respostas rápidas nas suas plataformas de comunicação, educação, respeito e disponibilidade. Atenda seus clientes como se eles fossem únicos, dê atenção, escute e procure as melhores alternativas que você tiver, essa é uma maneira de transformar uma simples compra em uma experiência memorável. Além disso, se mesmo assim, a venda não for finalizada, você terá oferecido um atendimento acima da média e isso certamente fará com que esse cliente busque pela sua empresa numa próxima oportunidade.

 

Mas afinal, tudo isso realmente funciona?


O marketing que não parece marketing funciona porque cria uma relação de confiança e valor com o consumidor. Em vez de sentir que estão sendo vendidos, os clientes sentem que estão recebendo algo de valor, seja conhecimento, entretenimento ou uma recomendação honesta. Isso leva a um engajamento mais profundo e duradouro.

Ao aplicar essas estratégias, você não só melhora a percepção de sua marca, mas também constrói uma base de clientes leais e satisfeitos. Afinal, quem não prefere uma abordagem mais humana e autêntica ao invés de um bombardeio constante de anúncios e vendas?

Você pode começar a aplicar essas práticas em seu negócio agora mesmo e ver como o marketing pode ser mais eficaz e apreciado quando ele não parece marketing. 

Quer saber como fazer tudo isso de maneira estratégica e com uma equipe para te ajudar em todas as etapas? Chama a gente!